Como melhorar a visualização de dados
Como melhorar a visualização de dados. A visualização de dados tem a capacidade de alterar por completo a forma como a sua empresa usa a informação – e dela se beneficia. Mas apenas e só quando utilizada da forma mais eficiente. Diz-se frequentemente que uma imagem vale por mil palavras e nenhum ditado é mais verdadeiro no mundo do Business Intelligence e da Visualização de Dados. Usada corretamente, a visualização de linhas de informação através de gráficos e de tabelas pode ser um método eficiente de extração de dados relevantes e, desta forma, críticos para o sucesso do negócio.
Este fato é cada vez mais importante, na medida em que as empresas tentam encontrar informação real e essencial nos seus dados e procuram perspetivas de formas superiores para melhorarem as operações nos seus negócios.
As boas notícias? As tecnologias de visualização melhoraram para corresponder a outras tendências de uso de grandes volumes de dados.
Os gráficos são usados por empresas há décadas, mas “atirar” dados para um gráfico não é suficiente para conseguir obter verdadeiras perspetivas do negócio. Em vez disso, as organizações estão recorrendo a gráficos mais detalhados e interativos, o que significa que os usuários podem identificar valores discrepantes, padrões, tendências e até correlações em dados complexos de uma forma que até hoje não era possível.
No entanto, consideramos que, para uma organização poder realmente colher os frutos desta forma de visualização de dados, há cinco pontos nos quais elas devem se focar se quiserem assegurar-se de que estas plataformas terão o máximo impacto nos seus negócios.
1 – Seja seletivo face ao que quer atingir
Muitas vezes, o primeiro erro das equipes de visualização de dados é que estas definem uma rede com malha muito fina. Querem que os seus gráficos mostrem muita informação e, como resultado, a visualização torna-se confusa.
Uma boa visualização representa um baixo número de medições – preferencialmente não mais que sete a nove, e é isso que os usuários conseguem assimilar.
Da mesma forma, seja específico no número de KPIs (“key performance indicators”) que serão representadas no “dashboard”. Mais uma vez, o valor deverá ser nove ou menos. Ao fim de contas, demasiados indicadores distraem o usuário. Mantenha a visualização simples. Quanto menos houver para interpretar, mais fácil de compreender. Se vir que existe complexidade visual, experimente um formato diferente. O formato mais “limpo” é geralmente o melhor.
Outro princípio é certificar-se de que o formato da informação é apropriado para o cenário de utilização e para o usuário. Os formatos de gráficos, por exemplo, são disponibilizados em vários tipos e são a escolha de usuários profissionais. Edward Tufte, um reconhecido acadêmico, fala muito de “lixo nos gráficos”, referindo-se à complexidade que as pessoas colocam algumas vezes na visualização e que pode esconder a informação realmente relevante.
Assim, quando criar gráficos, use o mínimo possível de cores ou de pixels para maximizar os dados.
2 – Escolha o tipo de gráfico mais apropriado aos dados
Tenha cuidado com o tipo de gráfico que deve usar e com a escolha dos formatos que melhor mostram a informação e melhor se adequam à audiência a que se destinam. Estamos todos familiarizados com gráficos de linhas, de área e em anel, mas nem sempre são apropriados a determinadas visualizações.
Os gráficos em anel, por exemplo, são um formato comum de exibição de informação mas são controversos no mundo da visualização. É extremamente difícil comparar um gráfico de anel a outro e, no entanto, são vulgarmente usados. Use-os, mas de forma apropriada, e apenas para mostrar uma pequena quantidade de dados.
Familiarize-se com o amplo conjunto de ferramentas visuais que está à sua disposição e depois faça uma escolha ponderada, baseando-se no objetivo final.
3 – Use cores e perceção
A utilização de cor e de perceção é muito importante na visualização e muitas organizações não usam estes argumentos convenientemente.
A apropriada utilização de cor pode melhorar e clarificar um gráfico para que os usuários possam compreender a informação geral presente nos dados. Usada de forma inadequada, a cor irá confundir o usuário e “esconder” essa informação. Por exemplo, use a cor para realçar os pontos positivos ou negativos ou para revelar alterações de dados em um período de tempo ou com outras variáveis.
No entanto, lembre-se, quando estiver usando cores, que a análise deverá ser sempre a prioridade. Muitas empresas caem na tentação de usar as suas cores institucionais nas visualizações, mas nem sempre é a melhor opção.
As empresas devem levar em consideração que mensagens e percepções estão sendo transmitidas com a aplicação de cores e, a partir daí, fazerem a escolha apropriada, e não irem atrás do que o departamento de “branding” diz.
Por fim, considere o daltonismo. Não afaste os daltônicos do grupo de usuários. Não confie apenas na cor para transmitir informações. Use formas e cores apropriadas, que todos consigam distinguir.
4 – Escolha cuidadosamente os conjuntos de dados
As boas visualizações começam com bons dados e são tão úteis quanto a qualidade de dados que representam.
Por vezes, quando as equipes recebem resultados não esperados das suas visualizações, não conseguem perceber porquê… Nesse caso, as suas ferramentas de BI podem acabar por arcar com a culpa. No entanto, não deverá acontecer neste caso.
As ferramentas de visualização devem ser usadas para ajudar a verificar estes problemas cedo, para que eles possam ser corrigidos a tempo de não afetarem o projeto. Esta abordagem pode ser reforçada, do ponto de vista do usuário final, com a possibilidade de identificação da diferença entre uma descoberta inesperada e um problema com os dados.
5 – Experimente
Por fim, experimente. Deixe que os seus usuários interajam com as representações visuais quando houver necessidade, como por exemplo em um departamento com requisitos geográficos.
No geral, a visualização de dados tem a capacidade de alterar por completo a forma como a sua empresa usa a informação – e dela se beneficia. Mas apenas e só quando utilizada da forma mais eficiente.
Napoleão estava certo: uma imagem vale mil palavras – mas apenas se a imagem for mostrada para que todos percebamos a situação e possamos agir de acordo com a avaliação correta.
Fonte: Portal CIO
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