Internet no mercado corporativo
Internet no mercado corporativo. Índice de uso da web pelo mercado corporativo cresceu 2% entre 2007 e 2010, segundo pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
O percentual de empresas conectadas à internet no Brasil cresceu dois pontos percentuais em três anos. O índice passou de 95%, em 2007, para 97%, em 2010. Já as que utilizam rede sem fio passaram de 28% para 50% no mesmo período.
Os dados constam da Pesquisa TIC Empresas Brasil 2010, sobre o uso de tecnologias de informação e comunicação no Brasil, apresentada hoje (19/10) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br).
O levantamento entrevistou 5 mil empresas de pequeno, médio e grande porte com mais de dez funcionários, em cinco regiões do País.
De acordo com o consultor do CGI br, Carlos Afonso, o Brasil precisa de mais condições para que o pequeno empreendedor possa aproveitar os recursos de tecnologias de informação e comunicação (TICs) para inovar e criar novos serviços, além de avançar no seu empreendedorismo.
“No Brasil, ainda há limitantes muito sérios, como o custo da telefonia móvel, que é altíssimo e continua sendo o mais caro do mundo. Enquanto em países como a Índia é o oposto e um grande benefício para os pequenos empreendedores”.
Para o consultor, os altos preços da telefonia e internet no País limitam o acesso da população a esse tipo de serviço. Segundo ele, isso ocorre por causa do monopólio das empresas do setor, que provavelmente combinam para estabelecer um patamar de preços.
“Essas empresas procuram jogar o imposto como desculpa para que os preços sejam maiores, mas se retirarmos todos os impostos ainda assim o preço será o mais alto entre as oito maiores economias (do mundo)”.
Afonso ressaltou que para modificar essa situação as agências reguladoras precisam atuar com mais eficiência. “Precisamos de agências reguladoras que exijam qualidade de serviço. Hoje temos uma agência que é vulnerável às pressões de grandes interesses. Apesar de ter sido criada para ser neutra e estar focada em beneficiar o consumidor, infelizmente não é exatamente o que faz”.