Contratando profissional cientista de dados

Contratando profissional cientista de dados. O desafio de localizar esses talentos será intensificado em 2013, quando a demanda por esse profissional vai superar a oferta.

Cientista dados é uma carreira em ascensão e a busca por esse profissional deverá saltar em 2013. Esses talentos são responsáveis pela manipulação de petabytes de dados para garantir melhores tomadas de decisão, novos fluxos de receita e de negócios. Estudo realizado pelo McKinsey Global Institute mostra que uma empresa que utiliza Big Data pode aumentar sua margem operacional em mais de 60%. O desafio, no entanto, é localizar esses profissionais.

CIOs estão se esforçando para encontrar e contratar pessoas com o equilíbrio perfeito entre visão de negócios, conhecimento de banco de dados e eficaz habilidade de comunicação. “Todo mundo quer essa pessoa, mas é difícil encontrá-la”, comenta John Reed, diretor-executivo sênior da Robert Half Technology, empresa de recursos humanos de TI. “Sua demanda supera a oferta e é preciso ir além para encontrar os candidatos adequados”, justifica.

Empresas provavelmente não vão encontrar candidatos com a frase “cientista de dados” em seus currículos. Alguns profissionais sequer sabem o que faz um cientista dados. Abaixo, veja cinco dicas para recrutar e contratar um cientista de dados.

1. Busque um time em vez de uma pessoa
É possível encontrar candidatos com algumas habilidades, mas não todas. Então, é preciso esquecer a ideia de identificar todas as características em uma pessoa. Isso gera a contratação de dois ou mais profissionais para atender as necessidades da organização.

De acordo com uma pesquisa da EMC, com 497 cientistas e profissionais que atuam com dados para promover inteligência de negócios, metade desses talentos têm aliança com outros cientistas de dados, estatísticos ou programadores.

Tom Soderstrom, CTO do Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA, diz que, embora ele possa definir claramente o papel de um cientista dados em sua empresa, ele sabe que pode ser impossível de encontra-lo. “É um tipo especial de pessoa”, afirma. “Para eliminar esse problema, podemos contratar diversas cientistas de dados internamente ou que tenham contato com uma comunidade externa.”

Soderstrom vê potencial para cientistas de dados manipularem dados de satélite sobre oceanos ou tempo ou ainda para desenvolver novos tipos de experiências científicas. Ele diz que está à procura de alguém que pode falar a linguagem dos negócios e trabalhar com tecnologias de Big Data, como o Hadoop. “É alguém que pode entender os dados para contar uma história interessante”, diz.

2. Procure internamente
Soderstrom está realizando uma busca minuciosa com candidatos externos, mas também está ciente da possibilidade de localizar candidatos internos – uma opção que normalmente é mais barata e a vantagem é a pessoa estar familiarizada com o ambiente da companhia.

O executivo está de olho em engenheiros e programadores. Ele planeja contratar um cientista de dados ainda neste mês e cercar essa pessoa com estagiários para ajudá-lo com parte do trabalho braçal. Ele também pretende criar um plano de carreira para os estagiários se tornarem cientistas de dados.

Reed recomenda identificar se há funcionários que têm as habilidades analíticas na empresa e investir em treinamento para aprimorar as habilidades. Ele diz que a única desvantagem é que os candidatos internos ainda têm de aprender como podem ser tão proficientes em determinadas tarefas.

3. Promova o papel do cientista de dados
Se a sua empresa decide buscar candidatos externos, Reed diz que é importante ter uma história forte e interessante para contar, porque startups, por exemplo, serão concorrentes difíceis de vencer na caça de talentos.

“Você tem uma história legal para contar se trabalha para a Google ou o Facebook, mas e se você não tiver?”, questiona. “Você tem de deixa-los animados para trabalhar na empresa. É preciso vender a organização. Ao menos que você tenha uma remuneração e benefícios para oferecer, ou uma grande história para contar, essas pessoas somente vão querer trabalhar em projetos fora da empresa”, comenta.

4. Olhe para as competências
Soderstrom diz que uma das qualidades que ele procura em candidatos é a atitude de consultor. “Um bom consultor fala com um cliente sobre um problema”, afirma “Ele entende o problema e sugere uma solução criativa”, completa.

Se a companhia não consegue encontrar uma pessoa com essa mentalidade, um consultor externo pode ser a melhor aposta. Reed adverte, no entanto, que a contratação de alguém que “pode ter o lado acadêmico bastante aguçado, pode não ter a experiência prática corporativa”.

5. Junte-se a grupos de usuários e estabeleça uma rede de contatos
Para encontrar candidatos a uma vaga de cientista de dados, é preciso descobrir onde eles estão. Reed recomenda que o CIO e a empresa mostrem as caras. Reed sugere a participação em grupos do LinkedIn, outras mídias sociais e grupos de usuários técnicos. “Vá uma campanha de conscientização”, exemplifica.

CIOs precisam ser criativos para encontrar pessoas com as competências adequadas e o ajuste certo para suas aspirações em torno de Big Data.