Gestão Empresarial – Diretor Digital

Gestão Empresarial – Diretor Digital. Com a TI ganhando mais importância para a operação dos negócios, as empresas deverão criar um novo cargo na sua estrutura organizacional, o Chief Digital Officer (CDO) ou diretor digital. Segundo o Gartner, até 2015, pelo menos 25% das companhias terão esse novo executivo.

A criação do cargo  parte da ideia de que as empresas estão ou estarão correndo em breve para digitalizar segmentos inteiros de seus negócios. Os conselhos de administração têm um papel importante a desempenhar para garantir que a equipe de gestão terá condições de analisar as ameaças e oportunidades digitais – e dedicar os recursos necessários para iniciativas as digitais. Consequentemente, a demanda por diretores com uma compreensão profunda das tendências e tecnologias que moldam a paisagem digital já tem aumentado substancialmente nos últimos 12 meses nos Estados Unidos.

O CDO terá papel importante dentro das organizações, segundo Peter Sondergaard, vice-presidente sênior do Gartner.  As redes sociais, mobilidade, cloud computing e Big Data estão desafiando as corporações e redefinindo a forma como as pessoas trabalham e provocando o surgindo novos cargos como o de cientista de dados, o Chief Business Solution (CBS) e também o CDO.  Segundo Sondergaard, a contratação do CDO será estimulada ainda mais pelo aumento da digitalização dos negócios dentro das companhias e incremento dos serviços eletrônicos para atender os clientes.

Cassio Dreyfuss, vice-presidente do Gartner, também acredita que o diretor digital será um dos executivos mais importantes dentro das organizações na próxima década. É esse profissional que vai liderar as estratégias de negócios digitais. Por conta disso, a lista potencial de responsabilidades por um Diretor Digital é impressionante.

O novo cargo ganha importância dentro das companhias por causa da dependência das áreas de negócio da tecnologia. Esse cenário fará com que praticamente todo o orçamento das empresas seja focado em TI.

Estudos do Gartner apontam que há 12 anos os gastos não ligados a TI representavam 20% do orçamento total de tecnologia. Até o final da década, esse índice subirá para 90%.

“A TI precisa mover-se rapidamente para entregar a oferta de acordo com a demanda dos negócios”, afirma Cassio Dreyfus.

O atual cenário dentro das empresas é de indisciplina por conta das pressões que as empresas enfrentam para serem mais competitivas. Esse ambiente exige estímulos rápidos e a TI não está preparada para agir dentro da velocidade exigida pelos negócios. Como exemplo disso, Dreyfuss menciona o atual organograma da TI estruturado em três áreas: desenvolvimento, produção e suporte, que engessa os gestores e sua equipe. Esse modelo, segundo Dreyfuss, terá de ser revisto  para que a TI possa entregar valor aos negócios. Para que essa mudança aconteça, ele recomenda que os CIOs se apoiem no tripé: foco, conexão e liderança.

Para ter foco, os CIOs têm que ficar mais atentos com a oferta que entregam e procurar entender como podem alavancar os negócios. “O foco define estratégias de TI e ajuda a responder perguntas chaves do negócio”, destaca Dreyfyss.

O CIO tem entender como funcionam as conexões do mundo atual. Hoje as companhias não trabalham mais apenas com a sua cadeia de valor, mas com uma imensa rede de parceiros de negócios.

“A área de TI tem que olhar para fora. O CIO precisa saber como vai trabalhar com outros CIOs, CDOs e CMOs para ter sucesso nos negócios”, ensina o vice-presidente do Gartner.

Ao se relacionar com outros gestores, o CIO passa a praticar a colaboração. Esse modelo cria um processo de trabalho em rede que contribuiu para que ele alcance a liderança, acredita o Gartner.