Cloud cresce mais que outsourcing

Cloud cresce mais que outsourcing. Mas, em 2013, o software na nuvem pode ser afetado tanto pela infraestrutura de TI quanto pelo outsourcing de aplicativos.

O número de contratos relacionados à nuvem no terceiro trimestre deste ano era 120 por cento maiores do que no mesmo período de 2011, de acordo com o Índice TPI trimestral produzido pelo Information Services Group (ISG).

Metade dos fornecedores de serviço pesquisados pelo ISG contou que um quarto dos envolvimentos em sua linha de produção incluíram serviços de computação em nuvem, e todos eles esperavam que os serviços em nuvem crescessem mais rápido do que o outsourcing tradicional da TI, particularmente nas Américas.

Contudo, o Software-as-a-Service (Software como um serviço – SaaS) e a Infrastructure-as-a-Service (Infraestrutura como um serviço – IaaS) estão tomando trajetórias muito diferentes, conta o analista de tecnologias emergentes da ISG Stanton Jones. O “SaaS é mais estreito, e estamos vendo unidades fora da TI liderarem o estímulo para avaliar e comprar”, conta Jones.

“O IaaS é mais abrangente e é impulsionado pela TI. Nós não vemos tanto crescimento aqui, pois as funções de TI preferem manter-se seguras e permanecerem com infraestruturas mais padronizadas e modernizadas”.

Mas o software na nuvem pode ser afetado tanto pela infraestrutura de TI quanto pelo outsourcing de aplicativos.

“Fornecedores emergentes de Saas, contudo, podem tomar o controle sobre uma pilha completamente funcional como o RH, deslocando o fornecedor de hospedagem e o fornecedor de desenvolvimento de aplicação e manutenção, pois o fornecedor de SaaS fornece a hospedagem e a execução de aplicação, e a necessidade de personalizar extensivamente a favor da configuração”.

E fornecedores tradicionais que habilitam a premissa de softwares que funcionam sob a premissa da organização ou pessoa utilizando o software, também podem também deslocar fornecedores tradicionais de serviço de TI.

Apesar de os adotantes precoces da SaaS terem descoberto que as opções da nuvem nem sempre são as mais baratas, eles são atraídos pela velocidade de sua implementação, acesso a ferramentas e capacidades móveis, conta Jones. Além disso, eles não precisam ir para a área da TI para fazê-lo.

Liderando o caminho estão os recursos humanos. “Uma grande porcentagem de nossos clientes de outsourcing de recursos humanos esta dando uma boa olhada na SaaS”, conta Jones.Logo atrás deles na atividade de contrato de nuvem está a TI, muitas vezes buscando por ferramentas de colaboração e comunicação e por gestão de serviço de TI baseada na nuvem, conta Jones.

A vasta adoção empresarial de soluções em nuvem, contudo, é algo perigoso. “Unidades fora da TI querem colocar esses projetos para frente, mas quando elas seguem para o verdadeiro trabalho de construir um caso de negócio e negociações, os projetos podem ficar atolados, pois são focados nas ferramentas, não no impacto na TI, na área legal, nas finanças e aquisição”, conta Jones.

Para a IaaS, algumas unidades de negócios estão adentrando na nuvem pública com uma base de trabalho pequena, mas a TI corporativa ainda prefere serviços dedicados – as nuvens privadas ou se hospedam ou hospedam-se nos centros de dados de seus fornecedores.

“Em nosso novo escopo e negócios de renegociação, estamos trabalhando com clientes e fornecedores para garantir que eles tenham a opção de mover cargas de trabalho para a plataforma IaaS do fornecedor no futuro, mas essa porcentagem ainda é muito baixa”, conta Jones.

Fornecedores emergentes de SaaS e IaaS estão crescendo mais rapidamente, conta Jones, mas sua base de clientes é pequena.

Empresas de hospedagem de médio porte estão sendo convidadas a dar lances em mais negócios, mas elas possuem menos experiência em gerir ambientes grandes e de múltiplas fontes, de acordo com Jones.

“Achamos que esses atuantes crescerão rapidamente, pois (como discutido acima) eles podem pegar a parcela dos incumbentes ao redor de horizontes executivos específicos (CRM, RH, e e-mail). Fornecedores tradicionais de Software possuem a chance de afastar a infraestrutura dos fornecedores de serviço tradicionais para torres de aplicação especificas. Contudo, eles estarão apenas canibalizando seus próprios fluxos de receita”.

Fornecedores ocidentais de TI estão expandindo para dentro dos serviços e nuvem, mas podem ter dificuldades em integrar suas aquisições em tal área, conta Jones.

O trabalho de transformação de aplicação de fornecedores de serviços de TI indianos é o perfeito “portão para a nuvem”, conta Jones.

Contudo, sua resistência histórica em investir em recursos significa que eles terão de depender da parceria caso queiram atuar no espaço da nuvem.