Investimento em cloud crescerá 70% em 2013

Investimento em cloud crescerá 70% em 2013. Desde total US$ 123 milhões serão destinados a projetos de infraestrutura como serviço (IaaS); US$ 109 milhões para software como serviços (SaaS); e US$ 23 milhões para plataforma como serviço (PaaS).

As empresas brasileiras deverão gastar 257 milhões de dólares com serviços de cloud computing em 2013, com aumento de quase 70% sobre os investimentos aplicados em 2012, segundo previsões da IDC. Para 2015, os investimentos nessa área no País deverão alcançar 798 milhões de dólares, representando cerca de 55% dos gastos na América Latina. A IDC estima que a taxa anual de crescimento desse serviço será da ordem de 74% nos próximos 3 anos no Brasil.

As projeções e tendências para a computação na nuvem no mercado brasileiro foram apresentadas nesta quarta-feira (13/03), durante o IDC LA Infrastructure & Cloud Solutions Roadshow 2013, que está sendo realizado em São Paulo pela IDC.

Do total de gastos das empresas brasileiras previstos para nuvem em 2013, a IDC estima que 123 milhões de dólares serão destinados a projetos de infraestrutura como serviço (IaaS); 109 milhões de dólares para software como serviços (SaaS); e 23 milhões de dólares para plataforma como serviço (PaaS).

Nas estimativas para 2015, a consultoria prevê que dos gastos totais das empresas com cloud, 370 milhões de dólares serão para SaaS; 362 milhões de dólares para IaaS e 62 milhões de dólares para em PaaS.

Mercado em expansão
Anderson Figueiredo, analista da IDC Brasil, afirma que nuvem está avançando no País e que o CIO já conseguiu digerir esse conceito. “O mercado já entendeu o que é cloud pública e privada”, conta ele, afirmando que a grande dificuldade que os gestores de TI enfrentam é justificar para o board os investimentos nesse modelo.

Uma demonstração desse avanço é a pesquisa da IDC com os CIOs para saber como está o processo de adoção de nuvem nas companhias. Em 2011, uma parcela de 15% das empresas entrevistadas pela consultoria disse que tinha serviços nessa modalidade e que pretendia ampliar as contratações. Em 2012, esse índice subiu para 32% e em 2013 para 45%.

Os argumentos das empresas para migrar para nuvem não estão calcados em redução de custos, que é o grande apelo desse modelo. “O discurso de pagar pelo uso é o que é mais forte”, constata o analista da IDC.

Busca por padronização
Apesar dos avanços, Figueiredo avalia que nuvem ainda tem muitos desafios a vencer no mercado local. Ele cita a falta de padronização, assunto que vem sendo debatido pelo governo federal. Ele observa que o tempo para implementação dos projetos será cada vez menor e que empresas como IBM, HP, SAP. Microsoft, demais fornecedores e prestadores de serviços terão de abraçar a interoperabilidade.

“A palavra da moda agora será orquestração”, diz Figueiredo, que acredita que no futuro será possível ver empresas concorrentes usando a nuvem uma da outra. Em parte esse movimento deverá ser puxado pela indústria de software, principalmente pelos fornecedores de sistema de gestão empresarial (ERP) para atrair as pequenas e médias empresas (PMEs), onde há ainda um grande espaço venda dessas aplicações.

Fonte: IDC