Software pirateado sem saber
Software pirateado sem saber. Em pesquisa BSA/Ipsos, maioria dos respondentes brasileiros acredita que inovadores devem ser recompensados, que a propriedade intelectual beneficia a criatividade, cria empregos e favorece a economia local.
No entanto, eles expressam alguma confusão sobre formas legais e ilegais de adquirir e usar software. Quase 50%, por exemplo, não sabem que instalar um software em diversos PCs no trabalho é ilegal.
Uma pesquisa realizada pela Business Software Alliance e pelo Ipsos Research com 15 mil usuários de software em 32 países, incluindo o Brasil, revela um apoio amplo à propriedade intelectual (PI), um reconhecimento aos seus benefícios, mas também aponta uma carência destes respondentes ao diferenciar o uso legal de software do ilegal.
No Brasil, por exemplo, perguntados se consideravam as seguintes formas de aquisição de software definitiva ou provavelmente legais, os entrevistados disseram sim a: instalar software em outros computadores de casa (65%), software emprestado por amigo ou colega de trabalho (54)%, redes peer-to-peer (53%) e instalar em outros computadores do trabalho (49%) – todas as quais constituem práticas ilícitas de utilizar programas protegidos por direitos de propriedade intelectual, salvo exceção expressa na licença. As cópias múltiplas sem licenças em empresas constituem a forma de pirataria que mais afeta a indústria de desenvolvimento de software.
Noventa e cinco por cento dos brasileiros que participaram da pesquisa consideraram que o software pré-instalado em um computador na hora da compra deve ser legal, enquanto 75% creem que o software comprado em loja de varejo também é. De fato, computadores novos lacrados com pacotes de programas pré-instalados têm menos chance de conter software pirata, e redes de varejo também tendem a trabalhar com software legal.
Mas só uma licença em mãos pode garantir que o uso do software está autorizado pelos fabricantes. A licença é a garantia de legalidade na utilização de todo e qualquer software. Completando esta seção da pesquisa, apenas 9% julgam que camelôs são fontes para aquisição de software legal.