Navegar em smartphones pode trazer riscos
Muitos usuários sentem-se mais seguros para navegar na internet usando smartphones do que Pcs, segundo levantamento da Kaspersky Lab, realizado no mês passado. O principal problema é que os softwares de segurança são menos comuns nos aparelhos móveis do que em computadores pessoais.
Foram pesquisados 1.600 usuários de smartphones na Grã-Bretanha, França, Itália e Espanha. O estudo examinou a extensão em que proprietários de smartphones europeus estão conscientes das atuais ameaças de malware móvel e se consideram ou não a proteção dos aparelhos uma necessidade. O resultado apontou que 51% dos entrevistados têm medo de ter seus computadores infectados com malware enquanto navegam na internet, em comparação com o fato de que 27% consideram que uma infecção por vírus em seu computador seria uma séria ameaça.
Um detalhe interessante que surgiu a partir do levantamento é que os usuários consideram o risco de perder dados pessoais menor nos smartphones do que nos Pcs, apesar do fato de que cerca de um quinto de todos os proprietários dos aparelhos móveis já experimentaram a perda ou roubo do dispositivo. Além disso, a maioria dos usuários, mais de 90% em grande parte dos países europeus, armazena dados pessoais como fotos, e-mails ou contatos em seus aparelhos móveis. Cerca de um terço também salvam informações de login, como códigos PIN ou senhas, para vários serviços em seus dispositivos, demonstrando uma grande distância entre a realidade e a percepção do usuário estar seguro.
Em janeiro de 2011, a The Leading Edge, empresa independente de pesquisa de mercado, realizou em nome da Symantec Corporation uma pesquisa com 500 adultos, com idades entre 18 e 54, dentro de cada um dos seguintes seis mercados: Brasil, Índia, Austrália, China, Taiwan e Japão. O resultado apontou que 77% dos pesquisados consideram a perda de informações de contato como a mais inconveniente. Então, não foi surpresa que mais da metade dos usuários que já tiveram seu celular perdido ou roubado estavam até dispostos a pagar um resgate para resolver o seu problema.
De acordo com Gaurav Kanwal, gerente comercial de produtos de consumo e soluções da Symantec na Índia, os resultados do estudo são claros: perda e roubo de telefone celular é um problema significativo hoje em dia. ”Como os smartphones tornam-se mais disseminados em nossas vidas, há uma maior necessidade de proteger os dados em tais dispositivos”, afirma o executivo.
A SecurEnvoy, especialista em tokenless, realizou no início de março uma pesquisa, com quase duas mil pessoas, que afirmou que pouco mais de um terço dos donos de celulares notaria que perdeu seu telefone dentro de quinze minutos e 61% seria na hora. Além disso, o resultado apontou que os homens perceberam que seus telefones haviam sumido muito mais rápido do que as mulheres (40% do sexo masculino contra 29% do sexo feminino), com uma diferença acentuada entre as faixas etárias. De acordo com o levantamento, os jovens donos de celulares são muito mais propensos a notar a falta de seu aparelho, com 28% de 18 a 24 anos de idade, caindo para 13% na faixa etária de 55 anos ou mais.
Logo após os resultados da pesquisa, Steve Watts, co-fundador da SecurEnvoy, comentou que os celulares tornaram-se parte da psique nacional, fazendo as pessoas transportá-los do mesmo modo como carregam suas carteiras e bolsas.” A tendência clara é que quanto mais jovem a pessoa é, e quanto mais impregnada na cultura digital está, mais uso e conhecimento que ela tem do seu próprio aparelho celular, resultando em sinais de alarme mental assim que sente a falta do aparelho, por qualquer motivo”, afirma o executivo.
“Os telefones são grandes facilitadores de negócios, confiáveis o suficiente para serem usados até mesmo como uma ferramenta de trabalho seguro, como por exemplo, para autenticação de dois fatores, comparando com os tokens tradicionais, que muitas vezes podem levar até 48 horas para que o usuário descubra que o perdeu”, finaliza Watts.
Os estudos comprovam que as possibilidades de risco na utilização dos dispositivos móveis são abrangentes, e devido à sua importância devemos começar a protegê-los o mais rápido possível. Um bom conjunto de software anti-virus, localização, bloqueio ou limpeza remota, além de criptografia de dados e da comunicação de voz, são precauções simples que dia a dia tornam-se cada vez mais primordiais